| quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Os Princípios da Homeopatia

Os Princípios da Homeopatia

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A homeopatia é uma medicina integral que trata o indivíduo em sua totalidade. Entre seus princípios essenciais estão: a cura pelos semelhantes, a individualização dos sintomas, a consideração deles em sua totalidade e o uso de medicamentos específicos bem diluídos e “dinamizados” (isto é, agitados a cada diluição).

Em 1790, Samuel Hahnemann experimentou em si mesmo os efeitos da quinina e anotou precisamente todos os problemas que sentiu. Ele acabou fazendo o que os homeopatas chamam de “patogenesia”, ou seja, a experimentação e a demonstração em um ser humano saudável dos efeitos de uma substância. 

Várias pessoas realizam, por conta própria, o mesmo tipo de experiência. Os fumantes, por exemplo, quando experimentam seu primeiro cigarro: os mais sensíveis ficam pálidos, sentem náuseas, e seu rosto fica coberto por suor frio. 

Essas pessoas testam um medicamento homeopático bem conhecido, o Tabacum, um dos que os homeopatas prescrevem contra enjoo. Pode-se perceber a semelhança que há entre uma intoxicação pelo tabaco e os sintomas experimentados pelas pessoas que passam mal durante uma viagem de carro ou barco.

Similitude, individualização e totalidade

Na medicina homeopática, a escolha de um tratamento se faz segundo três princípios fundamentais: a lei da semelhança, a individualização dos sintomas e a consideração destes em sua totalidade. A obtenção de um bom resultado depende, portanto, do respeito a esses princípios.

  • “A cura pelo semelhante”

Para que o medicamento escolhido seja eficaz, deve provocar na pessoa sã sintomas idênticos aos que caracterizam a doença, ou, melhor ainda, deve provocar sintomas idênticos àqueles que o doente apresenta. É a chamada “lei da semelhança”, segundo a qual toda substância suscetível experimentalmente de provocar num indivíduo são e sensível uma seŕie de sintomas é capaz de curar um doente que apresenta os mesmo sintomas. Segundo o maior ou menor grau de semelhança, o resultado do tratamento será total, parcial ou nulo. Hahnemann foi o primeiro a experimentar os medicamentos num indivíduo são com objetivo de conhecer de antemão suas propriedades, sendo, portanto, o primeiro a formular e a aplicar essa lei de modo coerente e sistemático.

  • A pesquisa dos sintomas pessoais

Embora todos os pacientes que sofrem de enjoo possam sentir náuseas, nem por isso eles apresentam sintomas exatamente idênticos. Uma pessoa sente necessidade extrema de ar fresco, suas náuseas e vertigens cessam quando ela fecha os olhos, mas se agravam se ela os mexe; sem que ela possa explicar, sente alívio ao abrir a roupa sobre o peito. Uma outra vê suas vertigens aumentarem ao mexer os olhos; as náuseas acompanhadas de salivação, aumentam com o barulho e o movimento, mas sobretudo pelo fato de sentir o cheiro de alimentos ou simplesmente imaginá-los. Já numa terceira pessoa, as náuseas estão associadas à diarreia, às dores nas costas e à sensação de fraqueza generalizada. 

Embora esses três pacientes sintam náuseas, dores de cabeças e vomitem, cada um deles será tratado com um medicamento diferente: seria prescrito para o primeiro Tabacum, para o segundo Cocculus indicus e para o terceiro Petroleum

O minucioso trabalho de análise feito por todo homeopata antes de prescrever um medicamento é chamado de “individualização”; ele serve para o médico compreender os sintomas que um doente em particular apresenta.

  • A consideração de todos os sintomas pessoais

Os homeopatas chamam de “princípio de totalidade” o levantamento dos sintomas pessoais do doente. Eles tanto podem ser psicológicos, gerais (sensação de fraqueza, por exemplo) ou locais (urinários, digestivos, etc.); o que importa é que eles são sentidos pelo doente em questão. É sobre esses dois princípios – individualização e totalidade – que repousa a escolha do medicamento adequado. O homeopata os aplica a partir de uma consulta, que, por causa disso, é necessariamente longa.

O preparo dos medicamentos na homeopatia

Uma das grandes especificidades da homeopatia está na forma de preparar o medicamento: ele é altamente diluído e agitado entre cada diluição e a seguinte. 

  • A infinitesimalidade

Em homeopatia, quanto mais um medicamento é diluído, a ponto de não conter mais nenhuma molécula do princípio ativo, mais eficaz se torna.

Para não prejudicar sua própria saúde – e a das pessoas a seu redor – Hahnemann utilizou medicamentos em doses bem pequenas em suas experiências. Logo, porém, ele atingiu o limite das possibilidades de pesagem das balanças da época, mas contornou essa dificuldade incorporando uma substância neutra (água ou leite em pó) às substâncias tóxicas que iria testar. Misturando de modo perfeitamente homogêneo uma parte de substância tóxica e nove partes de substância inofensiva conseguiu reduzir à decimalidade os limites de seu material: cada miligrama pesado continha aproximadamente um décimo de produto nocivo. 

Ele constatou então que os resultados de seus experimentos não perdiam seu valor: os sintomas mais evidentes que se encontram em quase toda intoxicação (diarreias e vômitos) dão lugar a sintomas mais sutis, como por exemplo uma dor de cabeça ao se deitar à noite. É por isso que ele passou a diluir cada vez mais suas preparações, e constatou, que quanto mais esses medicamentos eram diluídos, mais eficazes se tornavam.

  • A dinamização

Hahnemann pôde perceber que, se durante a preparação os medicamentos homeopáticos não sofressem uma série de choques (as chamadas “sucussões”) após cada diluição, não produziriam o efeito terapêutico desejado. Dessas sucussões sucessivas, da qual a última é chamada dinamização, depende a eficácia dos medicamentos homeopáticos. Infelizmente, o criador da homeopatia não mencionou em nenhuma parte como descobriu o princípio da dinamização.

Segundo algumas tradições, ele teria percebido que os medicamentos que eram entregues à noite, depois de terem sido, inevitavelmente, sacudidos o dia inteiro durante a viagem por uma estrada esburacada, tornavam-se nitidamente mais eficazes. Outros defendem que Hahnemann teria intuído o procedimento ao observar o modo de fabricação do éter: uma série de choques eram de fato necessários para que ocorresse a reação química entre os elementos iniciais. A explicação do fenômeno da dinamização é hoje em dia objeto de diferentes hipóteses científicas.

Em suma, para Samuel Hahnemann, o ser vivo é uma totalidade. O corpo e o espírito estão indissoluvelmente unidos; a vida só é possível graças a uma força que permite que esse conjunto funcione de modo harmonioso: a “energia” ou “força vital”, que é imaterial, invisível e não mensurável. Destarte, a doença é resultado da ruptura de um equilíbrio, sendo, ela mesma, imaterial e não mensurável, a não ser pela observação de todos os sintomas, sobretudo e essencialmente aqueles que são específicos do doente.

Esses sintomas representam as tentativas mais ou menos bem-sucedidas do organismo de reencontrar seu estado de equilíbrio anterior, ou um novo equilíbrio, caso ele não consiga se recuperar completamente; os sintomas correspondem a sinais de estresse muito pessoais, que têm sua razão de ser, o que torna imprescindível uma visão de conjunto para se obter a cura.

Conheça melhor seu corpo e como ele funciona em equilíbrio e fora dele. Sempre priorize sua saúde e, em caso de dúvidas, consulte profissionais de sua confiança. Evite a automedicação.

Referência Bibliográfica: SERVAIS, Dr. Philippe M. (org.). Larousse da Homeopatia. São Paulo: Larousse do Brasil, 2002.

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